QUARTA, 08/04/2020, 09:09

Câmara faz reunião com setores ligados à economia antes de votar repasse de 20 milhões de reais à prefeitura

Acil defende que 14 milhões sejam destinados ao fundo garantidor para empréstimos e seis milhões para a saúde.

Os vereadores da frente de Economia e Orçamento Público do Comitê de Fiscalização e Enfrentamento de Crise da Covid-19 se reuniram com representantes de entidades ligadas ao setor empresarial para discutir os detalhes do projeto que pretende repassar 20 milhões de reais do fundo da Câmara para a prefeitura de Londrina. A proposta será analisada em sessão nesta quarta-feira à tarde no Legislativo. Vereadores podem participar presencialmente ou por videoconferência.

A discussão prévia contou com a presença do presidente da ACIL, Fernando Moraes, do economista Marcos Rambalducci, do gerente regional do Sebrae, Fabrício Bianchi, além de sete vereadores.

O principal debate ficou em torno da aplicação do recurso. A ideia da Mesa Diretora da Câmara é que os 20 milhões de reais sejam aplicados na área da saúde, com uma pequena parte usada no fundo garantidor para empréstimos a pequenos e médios empresários.

Já os participantes da reunião defendem que a maior parte do recurso deve ser destinada à área econômica. Segundo Marcos Rambalducci, com uma redução de 50% na atividade econômica da cidade por conta do isolamento social, a queda na arrecadação chega de R$ 320 mil por dia em impostos como ISS e ICMS. Em um mês a portas fechadas, o prejuízo para os cofres públicos chegaria a quase 10 milhões de reais.

Rambalducci ainda defendeu que a discussão não deve separar as questões de saúde e economia. Para ele, é preciso definir o ponto até onde a economia deve ser sacrificada.

O gerente regional do Sebrae, Fabrício Bianchi, demonstrou preocupação com a destinação dos recursos para empréstimos, citando a fragilidade dos pequenos empreendedores, principalmente aqueles que ainda estão em fase inicial de atividade.

O presidente da ACIL cobrou o poder público pela demora em agir na área da saúde, e defendeu que 14 milhões de reais da Câmara sejam destinados ao fundo garantidor para empréstimos. Os outros 6 milhões seriam investidos na construção de um hospital de campana dentro do HU.

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