Cesta básica em Londrina tem queda de 4,47% em agosto
Tomate, batata e banana lideram queda, enquanto a margarina e a carne registram aumento de preço
O levantamento mensal sobre o valor da cesta básica em Londrina, realizado entre os dias 30 e 31 de agosto em 11 redes de supermercados, apontou uma redução de 4,47% no custo médio dos 13 produtos que compõem o conjunto de itens essenciais. O preço caiu de R$ 633,02 em julho para R$ 604,72 em agosto.
Apesar da queda, o valor ainda representa um desafio para as famílias. Para uma pessoa adulta, o gasto mensal com a cesta é de R$ 604,72. Já uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) precisa desembolsar cerca de R$ 1.814,15 apenas com alimentação básica.
De acordo com o economista Marcos Rambalducci, esse é o segundo mês seguido que a cesta básica registra queda em Londrina.
Dos 13 itens da cesta, quatro tiveram alta: margarina, carne, farinha e pão. O óleo de soja e o leite ficaram praticamente estáveis, enquanto sete produtos apresentaram queda: batata, banana, tomate, feijão, café, arroz e açúcar.
A carne, que tem o maior peso no cálculo da cesta (45,7%), registrou aumento de 3,9%, com o quilo custando em média R$ 42,14. Rambalducci afirmou que o tarifaço anunciado pelo Governo Americano pode fazer com que o preço da carne registre queda.
Em relação a agosto de 2024, a cesta básica em Londrina está 10,14% mais cara. Já na comparação com janeiro de 2025, houve queda de 3,3%.
O relatório mostra que, se o consumidor optar pelos supermercados mais baratos, pode pagar até 12,8% menos que a média (R$ 527,60). Por outro lado, quem compra nos estabelecimentos mais caros pode desembolsar 12,5% a mais, chegando a R$ 680,36. Se o consumidor fizesse a escolha do menor preço de cada item em diferentes supermercados, a cesta sairia por R$ 476,53, uma economia de 21,2%.
Quando se relaciona o custo da cesta ao salário mínimo, o peso no orçamento familiar fica evidente. No Paraná, com o salário mínimo regional de R$ 1.984,16, são necessárias 67 horas de trabalho para adquirir a cesta, o que representa 30,5% da renda. Já no caso do salário mínimo nacional, de R$ 1.518,00, o trabalhador precisa dedicar 87,6 horas, ou 39,8% da renda mensal.