Cesta básica sobe 3% em dezembro e chega a R$ 636, aponta pesquisa
Tomate puxa alta dos preços; diferença entre supermercados pode passar de R$ 200
O valor da cesta básica calculada a partir da média de preços de 11 supermercados registrou alta de 3% em dezembro. O custo passou de R$ 617,48 para R$ 636,10 no fechamento do mês. Em outubro, essa mesma cesta custava, em média, R$ 618,84.
Segundo a pesquisa, o principal responsável pela elevação foi o tomate, que disparou 55,2% no período. Arroz e feijão também tiveram aumento, de 2,9% e 1,4%, respectivamente.
Apesar do valor médio de R$ 636,10, o levantamento mostra que o consumidor poderia pagar bem menos. Se comprasse cada item pelo menor preço encontrado em cada supermercado, a cesta sairia por R$ 507,14, uma economia de 20,3%. Em uma situação mais comum, ao optar pelo supermercado com os menores preços gerais, o custo seria de R$ 562,34, cerca de 11,6% abaixo da média. Já no estabelecimento mais caro, a mesma cesta pode chegar a R$ 735,39, o que representa 15,6% acima do valor médio.
Dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional, três tiveram alta de preços: tomate, arroz e feijão. Quatro itens ficaram praticamente estáveis, com variação inferior a 1%, carne, batata, pão e açúcar. Já seis produtos apresentaram queda: café, farinha, leite, margarina e óleo, ambos com redução de 7,3%, além da banana, que caiu 9,1%.
A carne, item de maior peso na cesta responsável por 45,6% do total teve estabilidade, com leve alta de 0,8%. O quilo do coxão mole ficou, em média, em R$ 43,98. O menor preço encontrado foi de R$ 39,90 e o maior, R$ 51,90.
Na comparação com dezembro do ano passado, a cesta básica ficou 1,7% mais cara. Em dezembro de 2024, o valor médio era de R$ 625,45.
O estudo também aponta que 2025 apresentou a menor variação mensal dos preços da cesta básica dos últimos dez anos, indicando um período de maior estabilidade. O desvio-padrão das variações mensais foi de 16,3%, abaixo do registrado em anos anteriores.