SEGUNDA, 13/10/2025, 14:05

Com Câmara lotada, entidades debatem corte de R$ 16,3 milhões na Assistência Social em 2026

Representantes de organizações filantrópicas alertam que redução orçamentária pode paralisar serviços essenciais e comprometer o atendimento a famílias vulneráveis, crianças e pessoas em situação de rua

O corte R$ 17 milhões no orçamento destinado à área da assistência social em Londrina acendeu um alerta entre entidades filantrópicas e conselhos municipais. O tema foi debatido em reunião pública nesta segunda-feira (13), e contou com a presença de representantes de diversas organizações conveniadas ao município.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Cláudio Melo, destacou a gravidade do cenário. Segundo ele, o corte pode comprometer serviços fundamentais voltados à população em situação de vulnerabilidade.

O contingenciamento impactaria diretamente crianças, adolescentes, famílias em situação de vulnerabilidade, pessoas em situação de rua e instituições de acolhimento. Estima-se que mais de 100 mil londrinenses possam ser atingidos de alguma forma.

Melo afirma que nos últimos dez anos, a cidade nunca teve corte de orçamento na pasta de assistência social.

As entidades vêm tentando diálogo com a Prefeitura há mais de um mês. Melo afirmou que já foram realizadas quatro reuniões com o Executivo, com avanços pontuais, mas ainda insuficientes para reverter o corte, e ainda enfatizou que o movimento das entidades não é de confronto com o poder público, mas de defesa de direitos básicos.

Melo também rebateu as declarações do secretário de Planejamento, que teria questionado o custo de cerca de R$ 4 mil mensais por pessoa mantida em abrigos. Antes de ser votada pelos vereadores, a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 está sendo debatida nas comissões pertinentes. Caso o corte seja mantido, as entidades alertam que o município poderá enfrentar uma crise social significativa.

Por Paulo Andrade

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