O número de confirmações para dengue no Paraná aumentou significativamente ao longo das últimas três semanas, em comparação aos primeiros boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no atual período de monitoramento da doença, que teve início em agosto do ano passado.

No último relatório, publicado nesta terça-feira (8), foram 311 novos casos. Um crescimento de mais de 200%, quando comparado ao Informe Técnico 24, do dia 8 de fevereiro, quando 100 positivações foram registradas pela pasta, em todo o Paraná.

No acumulado, até agora, o estado soma 1.718 casos e outras 24.155 suspeitas da dengue. No total, 334 cidades já tiveram notificações da doença. Destas, 175 apresentaram confirmações, sendo que a maior parte registrou quadros autóctones, ou seja, quando a pessoa contrai o vírus no mesmo município em que mora.

Emanuelle Pouzato, chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores, da Sesa, explica que este aumento da incidência da dengue é natural nesta época do ano e está relacionada com o clima mais quente e úmido. Segundo ela, o cenário atual está dentro do esperado pela pasta.

Ela destaca, no entanto, que o apoio da população no combate ao Aedes aegypti, mosquito que transmite a doença aos humanos, é essencial, já que grande parte dos criadouros identificados no estado são encontrados em ambiente doméstico.

Segundo Emanuelle, é preciso reforçar os cuidados, com objetivo de eliminar os focos de reprodução do inseto, principalmente nos quintais.

Ela também orienta que os paranaenses estejam atentos à manutenção de caixas d’água, que devem estar bem vedadas para que a fêmea do Aedes aegypti não possa depositar ovos do mosquito. A chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores lembra ainda que algumas geladeiras têm recipientes para coleta do gelo derretido e que podem se tornar criadouros. Nestes casos, é recomendado manter o equipamento sempre bem lavado e sem acúmulo de água.