Em crise financeira, a Santa Casa de Cambé trabalha de maneira restrita desde esta quinta-feira (01). De acordo com o diretor técnico da instituição, Leandro Peron, os casos menos graves têm sido encaminhados para outras unidades, mas o hospital ainda consegue atender pacientes em situação de urgência ou emergência.

As condições se agravaram em meados de 2015, quando o governo do Paraná deixou de repassar R$ 230 mil mensais para a Santa Casa. Segundo o diretor, o estado havia prometido restabelecer o convênio no começo de novembro. Para Leandro Peron, mesmo a paralisação de três dias realizada no último mês não sensibilizou o Executivo estadual.

A direção faz contatos diários com o governo, mas, na opinião de Peron, a “burocracia” barra uma solução rápida para os pacientes que precisam do serviço.

Procuramos a secretaria de Saúde do estado, que, pela sua assessoria de imprensa, reiterou que a verba voltará a ser repassada para o hospital na próxima quinta-feira (8). Conforme a pasta, uma nova lei, mais rigorosa, fez com que os convênios com os hospitais filantrópicos fossem revisados pelo governo.

Enquanto o dinheiro não chega, o diretor técnico estima que a dívida da Santa Casa de Cambé já pode estar próxima de R$ 10 milhões.