SEXTA, 09/09/2022, 18:32

Com resultado de julho, indústria paranaense segue em desaceleração

Entre os fatores que mais impactaram no ritmo da produção, segundo a Fiep, as condições da economia, o desabastecimento e o alto custo das matérias-primas.

Um setor que vem desacelerando desde o segundo semestre de 2021 e que ainda não conseguiu se recuperar este ano. Os números divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE mostram que a indústria paranaense manteve a tendência de queda no ritmo da produção registrado em julho, com retração de 1,4% na comparação com o mês anterior. Com o resultado, o setor chegou a um déficit de quase 1% no acumulado de 2022.

O economista da Federação das Indústrias do Paraná, Marcelo Alves, diz que aqui no estado, apesar de algumas medidas econômicas do governo federal, os efeitos negativos verificados nos últimos meses, como o desabastecimento, o alto custo de alguns insumos e a perda de poder aquisitivo da população, continuam impactando em todo o setor.

Das 15 regiões avaliadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apenas quatro apresentaram crescimento.

Na avaliação de julho de 2022 contra o mesmo mês do ano passado, o Paraná apresentou um pequeno crescimento, de 0,1%, com quatro setores se destacando, o de máquinas e equipamentos, com aumento na produção de mais de 50% e o de bebidas, com alta de 33%.

Das 13 atividades avaliadas pelo IBGE no estado, explica o economista da Fiep, oito ficaram negativas nos últimos 12 meses. Entre elas, a indústria automotiva, com queda de quase 19%, e a de madeira, com quase 18% de redução na atividade.

No acumulado do ano, o setor de bebidas também registrou bons números e continua sendo a atividade com maior crescimento de janeiro a julho, quase 28%.

Já a indústria moveleira teve, nos primeiros sete meses de 2022, uma queda de 14,5% na produção, seguida por máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com pouco mais de 14% de redução.

Comentários