Confiança do varejo paranaense cai pelo terceiro mês seguido
De acordo com a Fecomércio, impactos da guerra na Ucrânia nos custos de logística foram sentidos principalmente pelas empresas de maior porte.
A confiança dos varejistas paranaenses recuou novamente em março. Foi a terceira queda consecutiva do Índice de Confiança do Empresário do Comércio, que é aferido mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio e pela Fecomércio Paraná.
A redução no otimismo do varejista ocorre principalmente entre as empresas de maior porte e que estão sendo mais impactadas pelo aumento dos combustíveis e pelos problemas logísticos que surgiram a partir da guerra na Ucrânia.
Entre as empresas com mais de 50 funcionários, o Índice de Confiança caiu mais de 5% em março na comparação com fevereiro. Além de uma piora considerável, de mais de 4,5%, da avaliação dos varejistas sobre o momento atual da economia.
De acordo com o levantamento, as principais restrições do empresário do estado, e que mais contribuíram para a queda do indicador, foram em relação aos investimentos, que registraram baixa de quase 3,5%, e a avaliação sobre as condições atuais do comércio, que apresentou queda de quase 2%.
Rodrigo Schmidt, coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio, diz que mesmo com a redução na confiança dos varejistas e com a mudança na intenção de investir, a expectativa do empresariado, de forma geral, ainda é positiva.
Entre as micro e pequenas empresas o indicador de confiança caiu 1% na variação mensal.
Rodrigo Schmidt diz ainda que a realidade econômica, que já era de dificuldades, piorou com a invasão à Ucrânia e o desarranjo no comércio global.
Os dados paranaenses da pesquisa refletem a tendência nacional do indicador, que recuou 1,3% de fevereiro para março e encerrou o primeiro trimestre com queda acumulada de 1,12%.