QUINTA, 31/03/2022, 18:02

Consumo das famílias paranaenses segue tendência de crescimento

Apesar do cenário econômico desfavorável, intenção de consumo dos paranaenses mantém alta iniciada em julho do ano passado.

Segundo a pesquisa, realizada pela Confederação Nacional do Comércio e Fecomércio, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias paranaenses ficou em pouco mais de 104 pontos em março e continua em trajetória de crescimento. No primeiro trimestre do ano, a alta acumulada foi de quatro pontos percentuais, o maior nível registrado desde abril de 2020. O indicador paranaense segue bastante acima da média nacional, que também continua em tendência de crescimento, mas ficou em apenas 78 pontos.

De acordo com a Fecomercio, o crescimento, iniciado em julho do ano passado, se mantém apesar da inflação em alta, do aumento dos juros básicos da economia e da promessa de uma nova elevação dos juros. Sem falar nos impactos causados pela guerra entre Rússia e Ucrânia e a decolada dos preços dos combustíveis.

Segundo o levantamento da entidade, quatro dos sete subíndices do Indicador de Intenção de Consumo apresentaram elevação no mês, com destaque para Emprego Atual, Perspectiva Profissional, e Renda Atual. Outros três subíndices apresentaram queda na comparação com fevereiro: o Nível de Consumo Atual, a Perspectiva de Consumo e o Momento para Duráveis.

Já o indicador da situação no Emprego Atual manteve sua elevação mensal e registrou alta de 3,3% em março e de 5,4% na variação anual, com a maior pontuação desde março de 2020. Mesma situação da Perspectiva Profissional, que segue em crescimento. Desde fevereiro de 2015, quando marcou mais de 106 pontos, que o indicador não chegava a um patamar tão alto.

O item Acesso ao Crédito foi outro que também teve variação mensal positiva de 5,7%, apesar da alta nas taxas de juros. Mas, na variação anual a queda foi de pouco mais de 8%. Já o quesito Perspectiva de Consumo caiu 2,7% de fevereiro para março e por ainda estar abaixo dos 100 pontos, continua no patamar considerado insatisfatório. Porém na comparação com março de 2021, o subíndice registrou aumento considerável de quase 22%, revelando uma recuperação, ainda que lenta, da intenção de consumo.

O subindicador Momento para Duráveis, que ainda sofre com a pandemia e a redução na compra de bens de maior valor também vem registrando quedas consecutivas e ficou 24,5% menor em relação ao ano anterior e 8,6% na variação mensal.

As famílias com renda acima de dez salários mínimos tiveram a maior pontuação do Índice de Intenção de Consumo, com quase 112 pontos. Mas, o indicador tem apresentado constantes quedas desde o início do ano. Em contrapartida, tem aumentado nas famílias de menor renda, desde julho do ano passado.

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