A Corregedoria-Geral da prefeitura abriu uma sindicância esta semana para apurar a conduta de guardas municipais durante uma ação realizada na rua Paranaguá, no centro de Londrina, no final da noite do dia 24 de novembro, logo após a estreia do Brasil na Copa do Mundo. Torcedores que acompanharam a partida dos bares foram para a via depois do término da partida, e a Guarda Municipal e a Polícia Militar (PM) foram acionadas para checar denúncias de som alto e perturbação de sossego.

Os agentes utilizaram cassetetes, sprays de pimenta e balas de borracha para dispersar a multidão. Um torcedor chegou a ser empurrado durante a ação. Donos de bares também reclamaram de truculência por parte das equipes.

A sindicância vai apurar se houve excesso por parte dos agentes. Segundo o corregedor-geral do Município, Jefferson Bento Costa, o processo de apuração é sigiloso. Por conta disso, ele preferiu não passar detalhes dos trabalhos, tampouco informar quantos guardas estão sendo alvos da sindicância. O município também não informou o motivo da demora para a abertura da investigação, que tem início mais de dois meses após o episódio.

Caso sejam identificadas irregularidades, os agentes poderão responder a um processo administrativo disciplinar. As punições previstas vão desde uma advertência por escrito à exoneração do cargo público que ocupam. A corregedoria tem cem dias para concluir a sindicância, sendo possível prorrogar o prazo por mais cem dias.

Em entrevista coletiva no dia seguinte à confusão generalizada, o secretário municipal de Defesa Social, Pedro Ramos, chegou a confirmar que possíveis excessos por parte das equipes seriam apurados, apesar de destacar que, no entendimento dele, os guardas agiram de forma correta depois de serem hostilizados e atacados por parte dos torcedores.