De janeiro a dezembro do ano passado, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) identificou 14,5 mil situações de ligações irregulares ou desvios na medição da rede elétrica no estado, também conhecidos como “gatos”. Ao longo dos 12 meses, quase 74 mil vistorias foram realizadas por equipes da Instituição.

Os casos detectados representam aproximadamente R$ 38 milhões, por meio das autuações. R$ 29 milhões já foram arrecadados, segundo balanço divulgado nesta semana. Apesar disso, outros R$ 9 milhões continuam em cobrança.

Na região de Londrina, foram encontrados 2.200 “gatos”, durante cerca de 14 mil inspeções. Este total constatado indica um valor em torno de R$ 5 milhões.

Em média, 283 fiscalizações são realizadas por dia útil, pelos agentes, em todo o Paraná. Segundo a instituição, a quantidade de energia recuperada por meio das ações destas equipes, no ano passado, corresponde a 45,5 gigawatts-hora. Volume capaz de abastecer uma cidade do porte de Londrina por um mês, como explica Flávia Martinelli, engenheira da Copel.

O furto de energia elétrica é crime, com pena de um a quatro anos de prisão e multa. Já em situações de adulteração do medidor, o período de reclusão pode chegar a cinco anos, por se caracterizar como estelionato. Também pode haver multa nestes casos.

Flávia avalia que, apesar de um número maior de inspeções, quando comparado ao período de 2020, o volume de ocorrências foi menor, no ano passado. Para ela, os resultados apontam para um melhor desempenho das ações da Companhia, em combate às irregularidades, ao longo do tempo.

As vistorias também são realizadas a partir de denúncias que chegam à Instituição. É possível informar irregularidades, de forma anônima, tanto pelo telefone 0800 51 00 116, como também diretamente em uma agência da Copel.