SEGUNDA, 10/10/2022, 17:31

Entre janeiro e agosto deste ano, Paraná realizou 295 mil cirurgias eletivas; outros 500 mil procedimentos ainda precisam ser executados

Para dar conta da demanda, que se acumulou durante a pandemia de coronavírus, governo anunciou investimento de R$ 150 milhões. Na maioria dos casos, atendimento só sai depois de muitos anos de espera.

Entre janeiro e agosto deste ano, o Governo do Estado realizou 295.020 cirurgias eletivas hospitalares e ambulatoriais em todo o Paraná. O número representa 89% do total de cirurgias realizadas durante todo o ano passado e praticamente iguala o total de 2020. Vale lembrar que nesses dois últimos anos a execução dos procedimentos foi afetada diretamente pela pandemia de coronavírus. Os dados deste ano, no entanto, ainda são os menores dos últimos cinco anos: em 2018 foram 497.679 procedimentos; em 2019, 509.733; em 2020, 297.864; e em 2021, 331.787.

Cerca de 10 mil das quase 300 mil cirurgias realizadas em 2022 já estão dentro do programa Opera Paraná, que vai investir R$ 150 milhões para credenciar hospitais a realizarem os procedimentos no estado. A iniciativa tem o objetivo de atender pelo menos parte da demanda gigantesca que se acumulou por conta da pandemia. De acordo com dados da própria Secretaria Estadual de Saúde, pelo menos 200 mil cirurgias eletivas e outras 300 mil consultas médicas especializadas ainda precisam ser realizadas no Paraná. O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, acredita que o programa vá conseguir atender cerca de 60 mil pacientes, que esperam pelos procedimentos desde antes do início da pandemia. A expectativa é de que todas as cirurgias sejam feitas até novembro do ano que vem.

Em Londrina, cerca de 4 mil cirurgias de catarata foram realizadas nos quatro primeiros meses deste ano por meio de um mutirão realizado pela prefeitura em parceria com o Hoftalon. O investimento foi de R$ 1,1 milhão. Nos dois anos anteriores à pandemia de coronavírus, o município já tinha realizado mutirões também para zerar a fila de catarata e, ainda, para colocação de aparelhos auditivos. Nós tentamos contato com o Núcleo de Comunicação da prefeitura nesta segunda-feira (10), atrás de um número exato de quantas cirurgias eletivas foram realizadas na cidade este ano, mas não obtivemos retorno até o fechamento desta reportagem.

Em setembro, o Governo do Estado chegou a sancionar uma lei que possibilita a consulta à fila de espera por pacientes que aguardam atendimento pelo SUS no Paraná, mas, até o momento, o serviço não foi criado. Pela proposta, o poder público tem até o início de 2024 para implantar o sistema virtual com os dados.

 

Com informações da Agência Estadual de Notícias.

Por Guilherme Batista

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