As duas denúncias, no âmbito da Operação Pasteiros, que investiga uma associação criminosa suspeita de envolvimento em esquema de fraudes a licitações, falsidades ideológicas e outros crimes, foram oferecidas pelo Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco. Na primeira, o Ministério Público denunciou 24 pessoas e solicitou o ressarcimento aos cofres públicos de quase R$ 800 mil.

Na segunda denúncia à Justiça, foram 19 pessoas, além de um pedido de devolução de pouco mais de R$ 100 mil ao erário. Nos dois casos, de acordo com o Ministério Público, as denúncias foram pelos crimes de associação criminosa e fraudes a licitações.

O promotor Leandro Antunes, um dos responsáveis pela investigação do Gaeco, explica que, como se chegou a mais de duas centenas de pessoas envolvidas nas fraudes, as ações penais acabaram desmembradas e deram origem a novas apurações.

Segundo o promotor, as investigações não identificaram a participação de nenhum prefeito ou vice-prefeito nas fraudes.

Leandro Antunes diz ainda que nos inquéritos ficou demonstrado apenas que empresários se juntaram para cometer crimes, mas as investigações continuam.

Segundo o Ministério Público, todas as fraudes, nenhuma relacionada a licitações de produtos ou serviços relacionados ao enfrentamento da pandemia, ocorreram nas prefeituras de Abatiá, Andirá, Assaí, Dois Córregos, Florestópolis, Mandaguaçu, Prado Ferreira, Santa Amélia, Sertaneja e Uraí, todos no Paraná, além do município de Buritama, em São Paulo.