QUINTA, 06/11/2025, 15:19

Gaeco e PM realizam operação contra o tráfico de drogas e comércio de armas com alvos em Londrina

No total foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e sete de prisões temporárias

O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Agência Regional de Inteligência do 2º Comando Regional da Polícia Militar, cumpriram sete mandados de prisões temporárias e nove mandados de busca e apreensão na segunda fase da Operação Passiflora, que apura a atuação de uma organização criminosa armada voltada ao tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo. A ação foi realizada na manhã desta quinta-feira (6).

As medidas judiciais, autorizadas pelo Juízo da 5ª Vara Criminal de Londrina foram cumpridas em Londrina, Piraquara, Cianorte, em Minas Gerais nos municípios de Contagem e São Joaquim das Bicas, Goiás em Anápolis e Bahia em Dom Basílio e Barreiras.

O Ministério Público informou que a operação é um desdobramento da prisão do líder do grupo, ocorrida em 2024. O homem é suspeito de participação no assalto ao Banco Central de Fortaleza, estaria envolvido também no transporte de drogas do Paraná para a Bahia, e foi encontrado no ano passado escondido em Londrina.

O delegado do Gaeco, Ricardo Jorge Rocha Pereira Filho, informou que grande quantidade de cocaína foi transportada em caminhões carregados com maracujá. Ainda de acordo com o delegado, quando o homem foi preso, foram apreendidos seis aparelhos de telefone celular e documentos falsos que ele utilizava para adotar outra identidade. A análise dos dados dos celulares apreendidos, autorizada judicialmente, revelou fortes indícios de que o alvo principal comanda uma complexa organização criminosa, com o auxílio de associados em diversos estados da Federação.

O major Piske comandante da Agência Regional de Inteligência do 2º Comando Regional da Polícia Militar informou que a polícia também identificou que o grupo negociava ativamente armas de fogo, incluindo fuzis. As apurações também apontam para a ligação dos investigados com facções criminosas de nível nacional.

Ainda de acordo com a polícia, os alvos da operação exerciam funções de logística, transporte, armazenamento e gerência financeira do grupo, com a pessoa responsável pelo setor financeiro presa nesta quinta-feira (6). O Gaeco segue investigando o grupo com a possibilidade de bloqueio de bens.

A Operação Passiflora é resultado de trabalho integrado de inteligência e investigação entre o Gaeco de Londrina e a Agência Regional de Inteligência do 2º Comando Regional da Polícia Militar, com apoio para o cumprimento das medidas cautelares dos Gaecos de Minas Gerais, Goiás e Bahia, além da Polícia Militar da Bahia.

Por Silvia Vilarinho

Comentários