SEGUNDA, 28/05/2018, 06:15

Governo anuncia fim da greve, mas caminhoneiros permanecem bloqueando estradas do Paraná e de outros estados

Presidente do Sindicato do Comércio Varejista diz que semana foi de muito prejuízo e que apesar disso o setor apóia a paralisação.

Apesar do anúncio de um acordo entre governo e caminhoneiros e do fim da greve, a situação ainda é complicada em todo o estado. Se as estradas, saídas de bases de distribuição e até a Refinaria de Araucária não forem liberadas e os caminhões começarem a entregar o produto o problema deve se agravar ainda mais.

Até a noite de sexta-feira, por exemplo, segundo o Sindicombustíveis, mais de 95% dos 2.400 postos do Paraná estavam sem gasolina e etanol. Nas maiores cidades do estado, entre elas Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel e Ponta Grossa a situação é ainda pior: estoques esgotados desde quinta-feira.

A saída da Refinaria de Araucária e as bases de distribuição, também instaladas na região, seguem com bloqueios totais feitos por manifestantes. De acordo com o Sindicombustíveis, caso algum caminhão-tanque consiga furar os bloqueios, pode ser que um ou outro posto volte a funcionar, mas essa possibilidade, avalia o sindicato, é cada vez mais remota. Depois de uma semana turbulenta, a economia sofreu um verdadeiro efeito cascata, com vários setores sendo impactados pela greve dos caminhoneiros.

O presidente do Sincoval, o Sindicato do Comércio Varejista de Londrina, Ovhanes Gava, afirma que os comerciantes apoiam a mobilização da categoria e defende a mobilização de todos os setores da sociedade em apoio aos caminhoneiros. O presidente do Sincoval diz que o balanço da semana que passou, para o varejo, é de muita dificuldade.

Gava acredita que a greve continua na segunda-feira e que o Governo vai precisar negociar mais com a categoria para chegar ao fim da paralisação.

O presidente do Sincoval afirma que o prejuízo foi geral, mas alguns setores sentiram mais os efeitos da paralisação, principalmente o de combustíveis. Mesmo entre os que não chegaram a sofrer com o desabastecimento de produtos, o principal problema foi a redução nas vendas.

Ovhanes Gava avalia que a semana deve ser de muita negociação, defende mais uma vez a mobilização da sociedade e fala em remédio amargo para o Governo.

Para o presidente do Sincoval, a política de preços dos combustíveis implantada pelo Governo Federal, em junho do ano passado, é equivocada e precisa ser revista.

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