O orçamento inicial de R$ 700 mil vai contribuir para o desenvolvimento do imunizante, que está em fase de testes na Universidade Federal do Paraná (UFPR). A vacina utiliza um polímero bacteriano para se conectar com a proteína da Covid-19, responsável por possibilitar que o vírus penetre às células do organismo.

A ação deste polímero leva o corpo humano a produzir uma resposta imune eficiente e duradoura. O doutor em Bioquímica e coordenador da pesquisa, professor Emanuel Maltemp, explica que a taxa de anticorpos registrados em animais que receberam o imunizante chama a atenção. Ele afirma que, quando comparada a outras vacinas no mesmo estágio de desenvolvimento, os índices são ainda mais expressivos.

De acordo com a pesquisa, a taxa de anticorpos criada pela vacina paranaense é maior do que a produzida pelo imunizante da AstraZeneca. A iniciativa deve possibilitar uma opção mais barata e viável para uma campanha de vacinação em massa. O valor unitário da dose será de aproximadamente R$ 10,00, levando em conta o custo de materiais e insumos para aplicação.

A previsão é de que o projeto seja protocolado na Anvisa em até seis meses, pedindo autorização para testes em voluntários. A próxima etapa da pesquisa busca descobrir o potencial neutralizante da vacina, para saber se o imunizante é capaz de impedir a interação do vírus com os receptores das células humanas.

Além do protótipo injetável, os pesquisadores vão testar uma aplicação nasal para verificar a eficácia do modelo. Até agora, a pesquisa recebeu um investimento de aproximadamente R$ 270 mil, entre orçamento próprio da universidade e recursos vindos do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.

COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS,