TERCA, 09/08/2016, 17:34

Gravação revela conversa do diretor geral do Instituto de Criminalística do Paraná afirmando que mandava funcionários guardar perícias no estoque

Ministério Público continua análise de material encontrado em sala fechada há três anos na sede do IC em Londrina.      

O Ministério Público começou a abrir os malotes com documentos que estavam na sala do Instituto de Criminalística de Londrina, fechada há três anos. Dezessete dos 23 malotes foram abertos. Seis deles devem ser analisados ainda nesta terça-feira. Na sala, foram encontrados celulares, armas e computadores. A promotoria quer saber se existem documentos de perícias paradas e se alguma investigação foi prejudicada por causa de atraso nos processos.

O MP também teve acesso a conversas do diretor geral do Instituto de Criminalística do Paraná, Daniel Felipetto, principal alvo da investigação. Segundo o áudio, conseguido pela produção da RPC TV, o diretor afirma que mandava funcionários colocar perícias em uma caixa e deixar no estoque, que seria a sala dele na época de diretor do Instituto de Criminalística de Londrina. A gravação foi feita no primeiro semestre e a pessoa do outro lado da linha não foi identificada.

Na conversa, ele cita a operação Quadro Negro, que investiga desvio de dinheiro público na construção de escolas no Paraná. Além disso, fala da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas e ainda do “braço direito de Beto Richa”. Mas, não deixa claro quem são essas três pessoas.

Daniel Felipetto chefiou o instituto em Londrina até 2013. A reportagem não conseguiu contato com o advogado dele, André Cunha. A promotora Claudia Piovezan informou, por meio da atendente do gabinete, que os detalhes da investigação vão ser dados em uma coletiva de imprensa hoje á tarde.                      

Por Claudia Lima

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