SEGUNDA, 06/06/2022, 19:34

Indústria paranaense fica na quinta posição da geração de empregos no quadrimestre

No acumulado do ano, apesar do saldo positivo, setor registrou queda de mais de 50% na criação de postos de trabalho em relação a 2021.

Com os 2.177 empregos criados em abril, o Paraná assumiu o quinto lugar do ranking nacional da geração de vagas na indústria em 2022, com pouco mais de 11.800 postos criados. São Paulo lidera o ranking com mais de 48.500 postos abertos, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 30.600; Santa Catarina, 21.000; e em quarto lugar Minas Gerais, com 15.500.

Mas, quando comparado ao mesmo mês de 2021, o setor paranaense teve um recuo de 38% na criação de novos empregos. No acumulado de janeiro a abril, apesar do saldo positivo, os pouco mais de 11.800 postos abertos representaram uma queda de 56% em relação aos mais de 26 mil novos postos registrados no mesmo período do ano passado.

O economista da Federação das Indústrias do Paraná, Thiago Quadros, diz que o primeiro semestre de 2021 foi um período de retomada mais forte da economia para recuperar as perdas acumuladas na fase mais crítica da pandemia. Mas, segundo ele, o cenário mudou e o resultado mais baixo do primeiro quadrimestre de 2022 já era esperado.

Com os quase 2.200 postos criados em abril, a indústria foi apenas o terceiro setor que mais gerou empregos no estado no mês. O segmento de serviços liderou o ranking, com pouco mais de 4 mil novas vagas, seguido pelo comércio, com cerca de 2.200.

Também na comparação com abril do ano passado, a indústria paranaense recuou quase 40% na criação de postos, com pouco mais de 3 mil novas oportunidades.

O economista da Fiep diz ainda que alguns fatores, como a invasão à Ucrânia, vêm elevando os preços dos insumos, aumentando os custos de produção e limitando o crescimento do setor. Outro ponto é a inflação e as altas taxas de juros.

Em abril, dos 24 setores da indústria paranaense avaliados, 17 geraram empregos, com o segmento de alimentos ocupando o primeiro lugar, com pouco mais de 600 vagas abertas. Os melhores do ano até agora são a indústria de confecções e artigos do vestuário, com 1.700 vagas, e a de alimentos, com 1.570.

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