QUARTA, 10/03/2021, 18:40

Indústria paranaense tem saldo positivo em janeiro e indica recuperação da economia do estado

Resultado é puxado pelo bom desempenho de segmento automotivo e de materiais elétricos. Setor de alimentos registrou primeira queda em 24 meses.

De acordo com novo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em janeiro, a produção industrial do estado teve um crescimento de 11,5%, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior.

Mesmo com o número positivo, o setor ainda não conseguiu reestabelecer as mesmas condições de antes da pandemia. No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria ainda registra uma queda de 2%.

No entanto, as indústrias do estado vêm apresentando um crescimento ao longo de nove meses. Segundo Evânio Felipe, economista da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), o resultado da pesquisa é sinal de uma possível retomada econômica mais consistente. Ele alerta, porém, que é cedo para prever o desempenho dos próximos meses.

De acordo com a pesquisa, a fabricação de máquinas e aparelhos elétricos foi o segmento que registrou maior aumento, com 36%. Mas Felipe chama atenção para o setor automotivo, que teve o segundo mês de crescimento, com alta de 28%.

Ele considera que o avanço das exportações no mês de janeiro e o desenvolvimento da fabricação de caminhões contribuíram para o resultado.

Apesar das altas em áreas produtivas como o de automóveis, o setor alimentício, principal atividade industrial do estado, apresentou queda considerável, de 7%, após dois anos de resultados positivos. Para o economista, a redução pode estar ligada ao avanço da pandemia e à diminuição do valor e dos volumes negociados com o mercado internacional.

Evânio Felippe afirma que mesmo com os resultados positivos, os aumentos constantes nos custos de produção têm preocupado as companhias paranaenses. Ele explica que boa parte das matérias primas utilizadas são cotadas em dólar e as oscilações da taxa de câmbio afetam diretamente a atividade industrial.

O economista destaca ainda que a recuperação econômica aos patamares anteriores à pandemia só será possível por meio do controle da crise sanitária e com ampla imunização no país.

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