SEXTA, 30/07/2021, 18:43

Londrina e região devem "perder" 108 leitos Covid nos próximos dias

Desativação de vagas é reflexo da queda dos números da doença e, consequentemente, da necessidade de internações. No Hospital Universitário, por exemplo, menos de 70% das UTIs e 38% das enfermarias estavam ocupadas nesta sexta-feira.

O Governo do Estado dá andamento ao processo de desativação de leitos criados há cerca de dois meses para dar conta da alta demanda de internações de pacientes com coronavírus em todo o estado durante o pior momento da pandemia. Felizmente, o avanço da vacinação conseguiu conter os números da doença nas últimas semanas, e muitas das vagas abertas nos hospitais já não são mais necessárias. Em Londrina e região, por exemplo, devem ser desativados 108 leitos hospitalares nos próximos dias: 70 nos hospitais da Zona Norte e da Zona Sul, que vão voltar a realizar cirurgias eletivas; 28 no Hospital Cristo Rei, em Ibiporã; e 10 na Santa Casa de Cambé.

Atualmente, o Hospital Universitário de Londrina, a principal referência para o tratamento da Covid-19 no norte do estado, tem conseguido dar conta da demanda de internações. Tanto é que, nesta sexta-feira, "apenas" 67% das UTIs e 38% das vagas de enfermaria estavam sendo utilizadas.

O prefeito de Cambé, Conrado Scheller, comemorou o atual momento da pandemia na região, e disse que os números da doença devem cair ainda mais com a continuidade da campanha de vacinação. Mas, para isso, conforme ele, é preciso que mais doses sejam enviadas ao município. Cambé, por exemplo, chegou a interromper o processo esta semana por conta da falta de imunizantes.

Além dos leitos citados no início da reportagem, Londrina perderá, a partir de domingo (1º) outras 31 vagas de UTI que tinham sido contratadas pela prefeitura junto ao Hospital do Coração. Segundo o município, a devolução vai ser gradativa, e o contrato entre as partes deve continuar até que todos os pacientes, atualmente internados na instituição por meio do convênio, recebam alta médica. A conclusão da parceria é resultado de um pedido do hospital privado, que informou não ter mais interesse em renová-la. Vale lembrar que os leitos do Hospital do Coração são utilizados pela prefeitura desde o ano passado, alguns meses após o início da pandemia. Somente no ano passado, o município gastou mais de R$ 15 milhões com o aluguel do serviço.

Por Guilherme Batista

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