A professora Aglaé Costa, de 50 anos, recebeu a primeira dose do imunizante contra o novo coronavírus na última quarta-feira, depois que a prefeitura ampliou a faixa etária de vacinação dos profissionais da educação no município.

Ela faz parte da equipe gestora de uma das unidades de ensino da rede municipal que, desde o início da pandemia, não deixou de fazer atendimentos presenciais à comunidade escolar, além de ajudar no cadastro dos grupos prioritários da vacinação e distribuir cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social. A servidora conta que a espera pela aplicação do imunizante foi marcada por muita ansiedade.

Aglaé afirma que a sensação, após tomar a primeira dose anti-covid é de alívio, diante do avanço da doença na cidade, mas destaca que os cuidados continuam sendo necessários até que receba a segunda aplicação e mais pessoas sejam imunizadas.

De acordo com os novos dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Paraná ultrapassou a marca de 30 mil aplicações de doses anti-covid em profissionais da educação básica. O número representa pouco menos de 20% do público-alvo. Outros oito mil professores foram vacinados em etapas anteriores do cronograma, por fazerem parte de grupos prioritários, como dos idosos.

Ainda segundo o relatório da Secretaria, as cidades paranaenses que mais vacinaram este grupo foram Curitiba, com mais de três mil aplicações, Paranaguá, que vacinou aproximadamente 1.800 trabalhadores da educação, Cascavel, com cerca de 2.600 primeiras doses aplicadas e Maringá registrou pouco mais de 1.400 profissionais das instituições de ensino parcialmente imunizados.

O banco de dados, que disponibiliza os números do estado mostra que, até a tarde de quarta-feira, Londrina tinha aplicado apenas 722 doses anti-covid. Praticamente a metade das vacinas utilizadas pelo quarto colocado da lista.

Mas, o secretário estadual de Saúde Beto Preto diz que o Estado vem distribuindo os imunizantes de maneira proporcional aos municípios.

Em Londrina, a vacinação dos profissionais da educação começou no dia 12 de maio, com a convocação de pessoas da faixa etária entre 55 e 59 anos. Já na última terça-feira, o atendimento foi ampliado para trabalhadores das instituições de ensino com até 50 anos.

A reportagem da CBN Londrina estranhou a baixa quantidade de vacinados e entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para confirmar os dados. Por sua vez, a pasta informou que o número atualizado é de 929 aplicações em trabalhadores da educação. Quase 500 doses a menos, em comparação a Maringá, que tem população consideravelmente menor.