TERCA, 15/03/2022, 16:15

Mais paranaenses estão com contas em atraso, aponta levantamento da Fecomércio

Coordenador da entidade considera que crescimento do indicador está relacionado à alta da inflação. Apesar disso, endividamento no estado apresentou pequena redução, no levantamento.

A nova pesquisa, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviço e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), apontou para um crescimento na quantidade de pessoas com contas em atraso, neste ano. De acordo com o resultado divulgado nesta terça-feira (15), o indicador passou de 20,7%, em janeiro, para 21,5%, em fevereiro.

É o terceiro mês consecutivo em que o relatório registra elevação na taxa. Rodrigo Schmidt, coordenador de Desenvolvimento Empresarial da entidade, diz que este aumento é preocupante e está relacionado à alta da inflação.

O relatório também apresentou um crescimento no número de pessoas sem condições para quitar os débitos. Este percentual chegou a 8,8%, no mês passado. Segundo a pesquisa, realizada em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC), esta dificuldade em pagar as dívidas foi identificada tanto em famílias de menor renda, como também entre os paranaenses que ganham mais.

Na avaliação de Schmidt, com a cobertura vacinal contra o coronavírus alcançando patamares considerados elevados, o avanço da inflação passa a ser um dos principais vilões do atual cenário econômico.

Ele aponta ainda que o conflito entre Rússia e Ucrânia também deve ser acompanhado com atenção, já que pode trazer reflexos para o mercado nacional.

O principal tipo de dívida do paranaense é o cartão de crédito, com 77,7% dos débitos. Em seguida, vem o financiamento imobiliário, que se manteve em 9,2%, em fevereiro. Já o financiamento de veículos representou 7,1% das pendências.

Por outro lado, a pesquisa indicou uma queda no endividamento no estado, em comparação ao mês de janeiro. De acordo com o balanço, a taxa caiu de 93%, para 92,3%. Esta redução foi registrada tanto entre paranaenses que ganham mais de dez salários mínimo, como também entre as famílias com renda inferior a este patamar.

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