De acordo com os dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, o estado foi líder em operações de rim, com aproximadamente 40 cirurgias por milhão de população. A quantidade de cirurgias para reposição de fígado também é destaque e o Paraná ficou em segundo lugar no total de procedimentos do tipo em 2020.

De acordo com Arlene Badoch, coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes (SET), os números são resultados da estrutura desenvolvida para o processo de doação e transplante.

Ela destaca o desempenho e a articulação dos diferentes setores que possibilitam a realização das operações. Em especial, os médicos que seguem no combate à Covid, em paralelo às cirurgias.

A coordenadora explica que durante a pandemia, todos os potenciais doadores são testados para Covid-19, atendendo aos protocolos de segurança estabelecidos e garantindo maior segurança à equipe médica que integra o procedimento.

No último ano, o estado registrou a marca aproximada de 41 doações por milhão de população. Percentual acima da média nacional, que ficou em 18,1. Para que o transplante seja realizado, as famílias precisam autorizar o procedimento após diagnóstico de morte encefálica.

De acordo com os dados, o número de famílias que recusaram a doação de órgãos também apresentou queda, chegando a 23%, o índice mais baixo já registrado.

Arlene considera que a população paranaense passa por uma mudança cultural em relação ao tema. No entanto, ela ressalta a importância do diálogo e do respeito à intenção do potencial doador.

A coordenadora diz ainda que o Sistema Estadual de Transplantes vem passando por uma reestruturação nos últimos anos. Em 2020, o SET/PR implementou o setor de pós-transplante, que busca fazer o acompanhamento dos pacientes transplantados. O serviço continua atendendo e verificando a qualidade dos procedimentos no estado.