TERCA, 25/08/2020, 15:10

Ministério Público cumpre mandados de busca e apreensão em três municípios do norte Pioneiro do Paraná

Esquema de ‘rachadinha’ na Câmara de São Jerônimo da Serra foi descoberto a partir de provas colhidas na Operação Deja Vú

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta terça-feira nos municípios de São Jerônimo da Serra, Sapopema e Nova Tebas no norte Pioneiro do Paraná no âmbito de operação Bola de Neve que investiga crimes de associação criminosa, peculato e corrupção ativa e passiva.   Entre os locais que foram alvos da operação estão escritório e residências do atual prefeito de Nova Tebas Clodoaldo Fernandes Dos Santos e  do prefeito afastado de São Jeronimo da Serrra, João Ricardo Melo, além de ex-servidores  e de um advogado.

Segundo  o promotor do Gaeco, Leandro Antunes a nova fase identificou um esquema de ‘rachadinha’, no qual vereadores pegavam parte de salários de assessores.

As investigações foram desencadeadas por provas colhidas na Operação Deja Vu de 2019 a partir da apreensão de um pen drive que estava em poder do prefeito afastado de São Jerônimo da Serra no qual foram encontrados indícios de desvios, ocorridos mediante a inserção de verbas complementares nas folhas de pagamento de servidores para que, posteriormente, fossem devolvidos e repassados a vereadores em troca da obtenção de apoio político ao gestor público.

Em março deste ano, em votação apertada, por 5 votos a 4, a Câmara Municipal de São Jerônimo da Serra decidiu arquivar a denuncia de suposta infração político-administrativa contra o prefeito afastado João Ricardo de Mello e seu vice Laércio Pereira Correia.  A operação Bola de Neve é consequência da Operação Deja Vu que denunciou o prefeito e outros três agentes públicos por fraude a licitação em outubro do ano passado. Essa é a terceira escândalo em São Jerônimo já que cinco anos antes a Operação Sucupira também havia desbaratado esquema de fraude a licitações no município do norte pioneiro.

No âmbito da Bola de Neve, o Tribunal de Justiça acatou pedido do Gaeco com medidas cautaleres diversas a prisão que proíbem os cinco investigados de frequentarem os prédios das prefeituras, da câmara municipais além de entrar em contato com testemunhas.

Outro lado 

Em relação à operação realizada pelo Gaeco nas residências do prefeito de São Jerônimo da Serra, João Ricardo de Mello e do  advogado Fábio Maximiniano de Souza, a defesa, conduzida por Maurício Carneiro, esclarece que nada de irregular foi encontrado nas buscas e ambos estão tranquilos em relação ao procedimento judicial. 
A defesa ainda não teve acesso ao processo, mas tanto o prefeito como o advogado, se colocaram à inteira disposição da Justiça para esclarecimentos necessários.
A defesa aguarda ter acesso ao processo para mais informações

Por Guilherme Marconi

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