QUARTA, 27/04/2022, 13:00

Novo boletim da Sesa confirma mais de 6.800 novos casos de dengue e Paraná ultrapassa 30 mil positivações

Número de notificações é ainda maior, com cerca de 94 mil registros até agora

Desde o início do atual período de monitoramento da dengue, o Paraná soma 30.010 casos confirmados da doença. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). No último boletim divulgado pela pasta, mais 6.849 positivações foram registradas. Um aumento de quase 30%, em comparação ao relatório da semana passada.

O informe também trouxe um crescimento expressivo na quantidade de notificações, com 14.340 novos registros. Com isso, o estado tem 94.344 casos suspeitos dentro do ciclo epidemiológico, que teve início em agosto de 2021 e segue até julho deste ano.

Até agora, cinco pessoas morreram por conta da doença durante este período. Nenhum novo óbito foi confirmado no último boletim publicado. Dos 399 municípios paranaenses, 300 já tiveram confirmações da doença. O que representa aproximadamente 75% das cidades do estado.

Segundo o relatório da última terça-feira (26), na região de Londrina foram registradas 491 positivações da dengue. Por outro lado, a quantidade de notificações segue com o maior nível do Paraná, com 13.727 casos suspeitos, até o momento.

Na semana passada, a Sesa decretou estado de epidemia, por conta do avanço no número de confirmações e contágio da doença no Paraná. Segundo Emanuelle Pouzato, médica veterinária da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores, em 2022, o aumento nos índices da dengue demorou um pouco mais para acontecer, em comparação a anos anteriores.

Entre as razões para isso, ela aponta a estiagem prolongada observada no Paraná, no ano passado, e, posteriormente, um maior volume de chuvas durante os meses de verão.

Além disso, a médica veterinária diz que parte da população acabou armazenando água em tanques, por conta da seca. O que também pode ter contribuído para uma maior circulação do Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue.

Entre as orientações direcionadas à população está a eliminação de água parada em objetos como garrafas pet, pneus, pratos de plantas e materiais de construção. Estes são materiais que podem se tornar focos do inseto.

A pasta também recomenda que se faça regularmente a manutenção de calhas, caixas d’água e a limpeza de piscinas. Emanuelle lembra que um volume considerável de criadouros do inseto são encontrados em ambiente domiciliar e, por isso, é tão importante que as ações sejam desenvolvidas pela comunidade.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, náuseas, manchas vermelhas, dores no corpo, na cabeça e atrás dos olhos. Em casos no qual a doença se intensifica, o paciente também pode apresentar sangramento de mucosa, acúmulo de líquidos e dores abdominais.

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