Um número que chama a atenção. No último mês de 2022, a quantidade de paranaenses com algum tipo de dívida chegou a um patamar bastante elevado, com uma taxa de 96,4%. Os dados são da pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR) e pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

Este percentual representa um crescimento de aproximadamente 3%, em relação ao mesmo período do ano passado, e é o maior já registrado na série histórica. Além disso, o índice está bem acima da média nacional, que ficou em 77,9%.

Rodrigo Schmidt, coordenador de Desenvolvimento Empresarial da entidade, diz que o resultado acumulado de 2022, no Paraná, chegou a 93,9%. Segundo ele, esta é a maior média anual do estado, desde que a pesquisa começou a ser realizada.

De acordo com o levantamento, o Paraná teve o maior índice de endividamento para o mês de dezembro do país, no ano passado. Em seguida, vem o estado do Rio Grande do Sul, com 92,2% das famílias endividadas. Depois, quem completa a lista é o Rio de Janeiro, com um índice de 90,9%.

Apesar disso, Schmidt explica que a taxa de paranaenses que estão com contas atrasadas é de 23,8%. Este percentual, coloca o estado em 17º lugar no ranking nacional. Já no caso daqueles que não terão como pagar as dívidas, o índice ficou em 8,4%.

 O coordenador lembra ainda que a taxa de endividamento foi praticamente a mesma para as famílias que ganham mais de 10 salários-mínimos e para aqueles que têm uma renda abaixo deste nível. O indicador para o primeiro grupo foi de 96,4%. Já para o segundo, o percentual ficou em 96,3%.

A pesquisa da Fecomércio-PR, ao lado da CNC, revelou ainda que o cartão de crédito continua sendo o principal vilão para os paranaenses, totalizando 88,2% das dívidas. Já o financiamento de carro registrou 7,6% dos débitos e outros 5,7% das pendências são referentes ao financiamento de casa.