O Paraná confirmou o primeiro caso da variante Lambda do coronavírus, originária do Peru, nesta sexta-feira (13), após o sequenciamento genômico pela Fiocruz, conforme amostragem aleatória que foi encaminhada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). A infectada é uma mulher de 38 anos e moradora de Londrina. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, ela, que, na época, não tinha sido vacinada contra a Covid-19, coletou exames em 9 de julho, quatro dias após apresentar os primeiros sintomas da doença. Felizmente, a paciente teve apenas sintomas leves e não precisou ser internada. As informações foram divulgadas pelo secretário Estadual de Saúde, Beto Preto.

Foram confirmados, ainda, outros dois casos da variante Delta entre as 91 amostras processadas nos últimos dias pela Fiocruz. O primeiro é de uma mulher, também moradora de Londrina, que apresentou sintomas no dia 4 de julho. O segundo caso foi em Cascavel, no oeste do estado, em um homem que apresentou sintomas no dia 9 de julho e coletou o RT-PCR no dia 13 do mês passado. Ainda não há informações sobre o estado de saúde e vacinação do caso de Londrina. Já o homem de Cascavel não tinha sido vacinado até a data da coleta do exame, e se recuperou da doença.

A variante Lambda foi identificada no Peru no final do ano passado. Ao contrário da Delta, designada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "variante de preocupação", a Lambda é uma "variante de interesse". Ou seja, está sendo observada de perto pelas autoridades da saúde, mas ainda não ganhou status de alarmante.

Em entrevista à CBN nesta sexta-feira, a microbiologista Aline Stipp explicou que a nova variante é bem parecida com as demais, sendo bem mais transmissível que a cepa original do coronavírus.

Ela também demonstrou preocupação com a confirmação da nova variante na cidade, dizendo que a cepa pode aumentar ainda mais a circulação do vírus entre as pessoas.

Para se proteger, segundo a especialista, não há segredo: é preciso continuar com os cuidados redobrados contra a doença.

Ela também ressaltou a importância do avanço da vacinação para conter os perigos trazidos pelas variantes.

O secretário estadual de Saúde também destacou como é importante a população se imunizar contra a doença neste momento, garantindo que, pela previsão do governo, vai ser possível aplicar pelo menos a primeira dose da vacina em 100% dos paranaenses de 18 anos ou mais até o final de setembro. Doses para vacinar 80% deles já estão garantidas, conforme a Sesa.

Além do primeiro caso da Lambda, o Paraná contabiliza 56 casos da variante Delta e 18 óbitos desde o começo da investigação da circulação dela no estado. A transmissão dessa cepa já é comunitária. Os casos confirmados são em Apucarana, Curitiba, Piên, Fernandes Pinheiro, Araucária, Piraquara, São José dos Pinhais, Mandaguari, Irati, Imbituva, Colombo, Pinhais, Fazenda Rio Grande, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Rolândia, Londrina e Cascavel.