QUINTA, 14/07/2022, 16:04

Paraná fecha primeiro semestre com alta de 15% nas exportações

Destaque para o mês de junho, que apresentou crescimento de 27%. No caso das importações, que  registraram aumento ainda maior, economista diz que resultado reflete mais um movimento defensivo da economia, que uma expansão dos níveis de produção. 

O Paraná exportou US$ 2,1 bilhões em junho. No primeiro semestre, o estado acumula mais de US$ 10,5 bilhões em vendas para o exterior, uma alta de 15% na comparação com o mesmo período do ano passado. A China continua sendo o principal destino das exportações paranaenses, levando quase 20% do total de mercadorias vendidas no primeiro semestre, mais de US$ 2 bilhões. Mas, as vendas para o país asiático caíram 31% em relação a 2021.

As importações do estado também registraram aumento significativo, de 40%, em relação a junho do ano passado. No semestre, as compras do exterior somaram US$ 10,7 bilhões, um crescimento de 35% na comparação com os primeiros seis meses de 2021. Com isso, o saldo da balança comercial paranaense ficou positivo em US$ 94,5 milhões em junho. Mas, no acumulado do semestre o déficit foi de US$ 123 milhões.

O economista da Federação das Indústrias do Paraná, Evânio Felippe, diz que, apesar da taxa de câmbio menor na comparação com o primeiro semestre de 2021, o estado registrou um valor exportado maior. Resultado dos preços mais altos no mercado internacional de alguns dos principais produtos vendidos para fora pelo Paraná.

O economista da Fiep diz que essa valorização de algumas comoditties pode ser explicada pelo descompasso entre oferta e demanda, que acaba pressionando os preços, e é reflexo da guerra no leste europeu.  Com o resultado de junho, o Paraná fechou o mês na sexta posição entre os maiores exportadores do Brasil, com 6,4% do total comercializado para fora do país.

No caso das importações, que aumentaram 40% na comparação mensal, e de 35% em relação ao semestre, Evânio Felippe afirma que os resultados refletem mais um movimento defensivo da economia, que uma expansão dos níveis de produção do estado. 

Evânio Felipe diz ainda que a expectativa para os próximos meses é de um crescimento menor da economia mundial, com possíveis impactos na atividade de comércio exterior do país. Reflexo, segundo ele, da alta dos juros em muitas economias, da incerteza em relação à taxa de crescimento de China e Estados Unidos e do prolongamento da Guerra na Ucrânia.

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