TERCA, 22/11/2022, 08:00

Pesquisa da Fecomércio mostra que pouco mais de 46% dos paranaenses pretendem usar 13º para pagar dívidas

De acordo com a sondagem, número de entrevistados que esperam utilizar dinheiro extra com compras de final de ano teve queda significativa.

A quantidade de paranaenses que vão utilizar o 13º salário para pagar dívidas cresceu em 2022, chegando 46,6%. É o que mostra a nova pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Paraná (Sebrae-PR).

Para se ter uma ideia, no ano passado, o índice ficou em 43,5%. Já em 2020, a taxa era de 36%. Para Rodrigo Schmidt, coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio-PR, esta elevação no indicador tem relação com os impactos da pandemia do coronavírus e da inflação.

 

Ainda de acordo com a sondagem da entidade, cerca de 35% dos paranaenses responderam que vão utilizar o 13º deste ano para fazer uma reserva ou vai destinar para investimentos. No entanto, o percentual de entrevistados que pretendem gastar o dinheiro extra com presentes caiu significativamente, passando de 30,1%, no ano passado, para 16,2%, em 2022.

Mesmo assim, a expectativa é que cerca de R$ 15 bilhões sejam injetados na economia do estado, segundo previsão do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ainda com a redução na taxa, Schmidt avalia que o 13º salário contribui para movimentar o comércio paranaense.

O levantamento da Fecomércio-PR e Sebrae-PR mostra também que a quantidade de pessoas que vão direcionar o dinheiro extra para viagens diminuiu, passando de 21,7%, em 2021, para 16,2%, em 2022.

Já no caso do uso para pagar taxas e impostos, um recuo ainda maior. No ano passado, 28% dos paranaenses utilizaram o 13º para esta finalidade. Já em 2022, este percentual caiu para apenas 3,9% das respostas.

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