TERCA, 02/03/2021, 19:20

Pesquisa da Fiep aponta que instabilidades econômicas colocam empresários paranaenses em clima de incerteza

Apesar de queda na confiança, indicador permanece otimista. Desemprego e baixo percentual de vacinação estão entre fatores para cautela do setor.

O índice de Confiança do Empresário Industrial paranaense registrou uma nova redução no mês de fevereiro. É a segunda queda seguida na pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional da Indústria, junto à Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

Com resultado mais baixo desde agosto do ano passado, o indicador chegou a 62,9 pontos. No entanto, o número permanece na área de otimismo, marcado pelos 50 pontos.

De acordo com o economista da Fiep, Evânio Felippe, o índice pode voltar a cair nos próximos meses. Ele explica que a pesquisa leva em conta a percepção do empresariado em relação ao desempenho econômico do setor nos últimos seis meses.

Além disso, a lentidão no processo de imunização e as dificuldades para continuidade de reformas administrativas são outros fatores que implicam na queda do indicador.

 

O economista ainda aponta que o avanço do desemprego e a flexibilização das jornadas de trabalho também afetam a visão do setor para o futuro da indústria. Felippe considera que esses impasses podem prejudicar o consumo dos paranaenses e, assim, o ritmo de produção das companhias.

 

Para a pesquisa, 21% dos empresários responderam que as condições das companhias pioraram. 45% disseram que permanecerem estáveis e 28% registraram melhora na situação geral da empresa.

Evânio Felippe ainda destaca que o controle da pandemia é essencial para uma retomada efetiva das atividades econômicas e fortalecimento da confiança dos empresários paranaenses. Ele explica que a falta de programas de auxílio para o setor reforça as incertezas sobre a recuperação dos prejuízos registrados ao longo da crise sanitária.

 

O estudo ainda registrou que 20% dos empresários estão com produção abaixo do esperado para o mês. Apesar do quadro de instabilidade, apenas 11% preveem demissões nas companhias e quase 75% dos entrevistados esperam que o número de empregos permaneça estável no futuro.

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