O índice de Intenção de Consumo das Famílias paranaenses teve redução de 1,5%, em agosto, na comparação com o mesmo período de 2022. Foi o primeiro mês do ano que o indicador ficou abaixo da margem de 100 pontos e marcou 98,6. O que, segundo a Fecomércio, responsável pelo levantamento, demonstra uma insatisfação dos consumidores. Também foi a primeira vez, desde o início da pesquisa em 2010, que o índice do estado ficou abaixo da média nacional, que em agosto chegou a 101,1 pontos.

De todos os sete fatores avaliados pelo levantamento da entidade, quatro tiveram redução na comparação entre julho e agosto: Emprego Atual (-1,4%), Perspectiva Profissional (-6,8%), Perspectiva de Consumo (-3,2%) e Momento para Duráveis (-7,4%).

Só três deles registraram aumento: Renda Atual (0,2%), Acesso ao Crédito (1,1%) e Nível de Consumo Atual (2,3%), este último, o único em crescimento, tanto na variação mensal quanto na anual.

Segundo a Fecomércio, a queda da Intenção de Consumo em agosto foi puxada pelas famílias com renda de até dez salários mínimos, entre as quais o indicador ficou em 96,1 pontos, com redução de 2,1%.

E os subindicadores que mais pesaram entre os consumidores de menor renda foram a Perspectiva Profissional, com diminuição de quase 9%, e Momento para Duráveis, com queda de 8%.

Já entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos a intenção de consumo teve crescimento de 1%, marcando 110,2 pontos, e de acordo com a entidade foi estimulada, principalmente, pelo Nível de Consumo Atual, com alta de 6,3%, e Renda Atual, com 3%.