Prefeito fala sobre corte na pasta de assistência social e diz que alguns programas são considerados “sem resultado”
Gestão aponta gastos de até R$ 5,5 mil mensais por beneficiário e promete reestruturar ações para garantir eficiência e equilíbrio fiscal
Em meio ao esforço para reequilibrar as contas públicas, a Prefeitura de Londrina entregou à Câmara de Vereadores o orçamento para 2026 com um corte de R$ 16,3 milhões na Secretaria de Assistência Social.
Segundo o prefeito Tiago Amaral, a revisão faz parte de um plano de ajuste fiscal que tenta conter um déficit de R$ 320 milhões deixado pela gestão anterior. O prefeito ressaltou que o desequilíbrio orçamentário compromete a capacidade do município de investir e manter programas sociais de forma sustentável.
Tiago também afirmou que negocia com o Governo do Estado e com o Governo Federal para ampliar os repasses destinados à área, que, segundo o chefe do Executivo, foram negligenciados em gestões anteriores.
De acordo com a administração, o orçamento da assistência social, que neste ano foi de R$ 121 milhões, deve cair para R$ 117 milhões em 2026. A redução, segundo o gestor, não representa cortes nos atendimentos, mas uma revisão de critérios e eliminação de repasses indevidos, especialmente para beneficiários que já recebem apoio em casas de acolhimento.
Foram identificados casos em que pessoas em situação de rua recebiam entre R$ 5 mil e R$ 5,5 mil por mês, sem que houvesse resultados concretos na reinserção social.
A aprovação em primeiro turno da lei orçamentária aconteceu nessa quinta-feira (23) e agora, uma audiência pública será realizada no dia três de novembro. Em seguida, abre-se prazo de 10 dias úteis para os vereadores apresentarem emendas ao projeto. Só depois eles seguirão para a segunda votação.