SEXTA, 08/10/2021, 17:50

Produção industrial paranaense apresenta novo crescimento no mês de agosto, aponta IBGE

Nos últimos 12 meses, estado avançou mais de 13% na atividade do setor. Apesar disso, economista alerta que é preciso manter cautela em relação a próximos meses.

O desempenho da indústria paranaense apresentou um novo crescimento no mês de agosto. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor apresentou um avanço de 1,5%, quando comparado a julho. É a segunda alta seguida registrada no estado.

No acumulado de 2021, os resultados são ainda mais expressivos, em relação ao mesmo período do ano passado, e já ultrapassam 15% de aumento. Patamar superior, inclusive, à performance nacional. Ao longo dos primeiros oito meses, o país registrou um crescimento de 9,2% na produção industrial.

Para Evânio Felippe, economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), a boa recuperação de setores automotivos e de máquinas e equipamentos é um dos motivos que possibilitaram os dados apresentados no novo relatório.

A previsão para os próximos meses é de aumento na produção, influenciado, em partes, pela criação de novos postos de trabalho e por uma maior perspectiva de consumo. Para isso, segundo ele, as companhias precisam se programar para atender a esta demanda.

Segundo o levantamento, em comparação a agosto do ano passado, o crescimento da indústria paranaense foi o maior do Brasil, com 8,7%. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina também apresentaram resultados expressivos, acima dos 5%. Nos últimos 12 meses, o Paraná também apresentou saldo positivo, de 13,2%.

Apesar dos resultados promissores, o economista aponta que alguns fatores também podem comprometer o ritmo da atividade para o ano que vem, como o aumento nos custos de produção, a crise energética e também o grande número de brasileiros, que atualmente, não possuem alguma fonte de renda mensal.

Ao longo deste ano, de acordo com o IBGE, apenas duas das 13 atividades analisadas apresentaram saldo negativo. São elas, a produção de alimentos e de celulose e papel. Além dos setores de máquinas e equipamentos e o automotivo, o segmento de madeira e a fabricação de produtos de metal também registraram altas significativas no acumulado de 2021, superando 30% de crescimento.

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