SEGUNDA, 15/08/2022, 10:00

Quase 10% dos recursos do Pronampe foram liberados para empresas paranaenses

Mais de 15 mil micro e pequenos negócios do Estado já estão utilizando os créditos que começaram a ser liberados pelos bancos no fim de julho

Cerca de R$ 1,4 bilhão de reais, do total de R$ 50 bilhões liberados pelo Governo Federal pelo Pronampe – Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – já fazem parte do orçamento de mais de 15 mil empresas paranaenses. Criado em maio de 2020 para auxiliar os pequenos negócios no período mais crítico da pandemia, desde o ano passado essa linha de crédito tornou-se permanente. Nessa nova rodada, o Pronampe também se estende a microempreendedores individuais (MEIs).

Na época de seu lançamento, o programa era mais vantajoso e tinha como custo ao tomador a taxa Selic + 1,25% ao ano, prazo de 36 meses para quitar a dívida e até oito meses para começar a pagar. Depois que virou linha permanente as condições mudaram. Além da Selic, é preciso contar com mais uma taxa de 6% ao ano. O prazo aumentou para 48 meses, sendo até 11 de carência e 37 para pagamento.

De acordo com o especialista do Núcleo de Acesso ao Crédito da Federação das Indústrias do Paraná (NAC) da Fiep, João Batista Guimarães, mesmo após as mudanças, ainda compensa contratar créditos do Pronampe.  A linha é mais vantajosa que o capital de giro disponíveis pela maioria dos bancos

A recomendação é de usar recursos do Pronampe para reforço de caixa e capital de giro. Já para investimentos como compra de maquinários existem outros financiamentos mais vantajosos, segundo Guimarães. 

Mesmo diante de várias opções, Guimarães recomenda cautela ao empresário antes de buscar crédito para evitar o endividamento. Isso porque as linhas de crédito disponíveis no mercado têm como referência a Selic, taxa básica de juros da economia. 

Para o Pronampe, os empresários precisam estar com todas as certidões exigidas em dia e com a documentação contábil atualizada para agilizar o processo de financiamento.

Por Guilherme Marconi

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