SEGUNDA, 10/04/2023, 08:16

Setor de indústria foi a segunda atividade econômica que mais gerou empregos no Paraná em fevereiro

Foram abertas 2.543 novas vagas. Apesar de positivo, o número é 21% menor se comparado ao registrado em fevereiro do ano passado

A indústria paranaense abriu 2.543 novas vagas de emprego formal (com carteira assinada) em fevereiro. Foi a segunda atividade econômica que mais criou oportunidades no estado, atrás do setor de serviços (16.997). O comércio admitiu 2.141 pessoas, seguido pelo agropecuário (1.222) e pela construção civil (1.178). No total, o estado abriu 24.081 postos de trabalho no mês. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Governo Federal (Novo Caged).

O resultado da indústria é melhor do que o de janeiro, com alta de 33%. Já na comparação com fevereiro do ano passado, houve uma desaceleração significativa. O número de vagas criadas é 21% menor entre os dois períodos. Em relação ao primeiro bimestre dos dois anos, a redução é ainda maior, de 52%. Quem explica é a analista da assessoria econômica e de crédito da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Mari dos Santos. 

 

No Brasil, o movimento é parecido, porém, as quedas tiveram menor intensidade. A indústria nacional criou 40.380 postos em fevereiro, 18% mais do que em janeiro, mas 7,5% menos do que no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, o país gerou 74.490 empregos na indústria, 23% a menos do que no mesmo período de 2022 (96.518).

Das 24 atividades avaliadas no Paraná, 15 criaram empregos e uma ficou estável (bebidas). Setor de confecções e artigos do vestuário liderou as contratações em fevereiro (484), seguido por alimentos (395), automotivo (339), fabricação de produtos de metal (278) e borracha e material plástico (214). Quem mais dispensou do que contratou, no mês, foi o segmento de máquinas e equipamentos e outros equipamentos de transporte, ambos com o fechamento de 65 vagas. Depois vêm petróleo (-25), minerais não-metálicos (-23) e celulose e papel (-20).

De acordo com a analista da Fiep, o comportamento do setor pode ser considerado natural por conta da troca de governo. Ela explica que o empresário prefere aguardar as definições da nova gestão antes de planejar novos investimentos e contratações.

Fatores externos, como a continuidade do conflito entre Rússia e Ucrânia e a questão de a China estar importando produtos em menor valor do Paraná, também têm influenciado na tomada de decisões dos industriais. 

Com informações da assessoria de imprensa da FIEP. 

Por Guilherme Batista

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