SEGUNDA, 28/11/2016, 00:30

Sindicatos descartam possibilidade de nova greve entre funcionários públicos do Paraná

Embora a data-base dos servidores tenha sido suspensa pelo governo, entidades como a APP entendem que a “conjuntura” não favorece um novo movimento grevista. Já o sindicato dos professores da UEL fala em paralisação unificada em 2017.

O governo Beto Richa conseguiu na Assembleia Legislativa durante a última semana a aprovação em definitivo da proposta que suspende o pagamento para os funcionários públicos do Paraná da recomposição da inflação, mais 1% de ganho real. A data-base estava marcada para janeiro de 2017, mas agora não tem mais prazo para ocorrer.

A medida acabou votada em meio a uma batalha de liminares na Justiça. As galerias da Casa foram tomadas por servidores ligados a diferentes sindicatos. Após a derrota na Alep, as entidades tentam definir quais serão seus próximos passos em relação ao que chamam de “calote” do poder Executivo.

Uma nova greve na rede de ensino, no entanto, ainda é dada como incerta. Pelo menos essa é a avaliação do diretor de Assuntos Municipais da APP em Londrina. Para Antonio Marcos Gonçalves, a “conjuntura” não favorece um possível movimento grevista.

O sindicato dos professores da UEL tem posição semelhante. O vice-presidente do Sindiprol/Aduel, Nilson Magagnin Filho, observou que a possibilidade de greve em 2016 ainda será debatida com a categoria, mas, conforme ele, são maiores as chances de os docentes se unirem a profissionais como os servidores da universidade e cruzarem os braços no início do próximo ano.

Já o diretor da APP em Londrina também disse que, apesar da aprovação na Alep, os sindicatos vislumbram uma batalha judicial nas próximas semanas para tentar derrubar a medida que revoga a data-base.

Por outro lado, o governo do Paraná justifica que, atualmente, só tem condições de pagar progressões e promoções salariais. Em visita a Londrina na semana passada, o governador Beto Richa (PSDB) alegou que a data-base do funcionalismo voltará a ser debatida apenas quando o estado se encontrar em melhor condição financeira.

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