SEGUNDA, 21/12/2020, 09:43

Tribunal de Justiça do Paraná não acata recurso das escolas particulares e mantém atividades presenciais proibidas em Londrina

Sindicato que representa os colégios ainda avalia a possibilidade de recorrer da nova decisão, uma vez que o atual ano letivo já chegou ao fim. Escolas esperam que prefeitura autorize o retorno das aulas presenciais já no início de 2021.

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) não acatou recurso apresentado pelo Sinepe, o sindicato que representa 83 escolas particulares de Londrina e região, e manteve as aulas presenciais proibidas nas unidades. A decisão saiu no final de semana. Os colégios chegaram a receber os alunos entre meados de outubro e o final de novembro, depois de conseguirem uma liminar judicial, mas a autorização provisória foi derrubada pela 1ª Vara de Fazenda Pública, e as atividades presenciais tiveram que ser novamente suspensas. O sindicato tentou recorrer ao TJ, que, agora, emitiu decisão mantendo a proibição. Procurado pela CBN nesta segunda-feira (21), o presidente do Sinepe, Alderi Ferraresi, preferiu não gravar entrevistas, dizendo que ainda não teve acesso ao conteúdo da sentença do Tribunal de Justiça. Ele também adiantou que ainda não sabe se vai recorrer da nova decisão, uma vez que o atual ano letivo já chegou ao fim, com os estudantes concluindo as atividades de forma remota.

As escolas esperam que a prefeitura autorize o retorno das aulas presenciais já no início do próximo ano. O decreto que proíbe as atividades vence no final deste mês, e o município já sinalizou para a possibilidade de reabrir as escolas, tanto as particulares como as públicas, logo no começo do próximo ano letivo. Para isso, vai ser preciso adotar um sistema de revezamento entre os alunos, para manter o distanciamento mínimo de dois metros entre eles, além de outras medidas de segurança, como a limpeza reforçada das salas e o uso de álcool gel e máscaras.

O Sinepe se mostrou contra a suspensão das aulas presenciais desde o começo da pandemia. Em entrevista à CBN no final de novembro, logo após receber a informação de que as atividades presenciais iriam ter que ser suspensas novamente, Alderi Ferraresi se mostrou bastante indignado, e disse que seria “burrice” não autorizar o retorno das aulas nas escolas.

Apesar de todas as críticas, a prefeitura manteve a proibição durante todo o período de surto, que teve início em Londrina no mês de março.

Por Guilherme Batista

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