TERCA, 18/11/2025, 14:18

Caso de raiva bovina em Ortigueira acende alerta e reforça necessidade de vacinação

Veterinária explica sinais clínicos, riscos e reforça que a vacinação é o único meio eficaz de prevenção da doença

Um caso de raiva bovina confirmado em Ortigueira reacendeu o alerta entre produtores da região. A detecção ocorreu após a morte de um animal na localidade de Libertação Camponesa, próxima a Tamarana. Segundo a médica veterinária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná  (ADAPAR) , Aline Ticiani , o produtor comunicou a suspeita no dia 7 de novembro, quando a equipe coletou amostras encaminhadas ao laboratório oficial. O resultado positivo foi liberado no dia 12, confirmando a circulação do vírus na área.

Após a confirmação, a ADAPAR delimitou uma área de perifoco com raio de 10 quilômetros, englobando propriedades de Ortigueira e Tamarana, onde a orientação imediata é a vacinação do rebanho. Os sinais clínicos que devem ser observados com atenção, são:

  • Dificuldade de locomoção;
  • Salivação intensa;
  • Alterações de comportamento e problemas de deglutição


A transmissão ocorre por mordedura do morcego infectado, que elimina o vírus pela saliva. A vacinação contra a raiva não é obrigatória na maior parte do Paraná — exceções ficam em regiões específicas, como Cascavel e Laranjeiras do Sul. Ortigueira, Tamarana e Londrina ainda não fazem parte dessa relação. Mesmo assim, diante da proximidade geográfica e da confirmação do caso, o alerta é que produtores da região devem considerar a imunização do rebanho.

A veterinária reforça que a prevenção não protege apenas os animais, mas também as famílias que têm contato direto com o gado. Animais doentes também eliminam o vírus, aumentando o risco de transmissão para humanos, doença que igualmente pode ser fatal.

Vale lembrar que propriedades com suspeita de raiva não sofrem interdição, não têm restrições de compra e venda e recebem laudos gratuitos. Além disso, todos que tiveram contato com animais suspeitos devem ser encaminhados para avaliação da saúde pública.

Por Paulo Andrade

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