TERCA, 18/11/2025, 14:14

Núcleo de Londrina do Gaeco realiza operação contra policiais envolvidos em desvio e roubo simulado de carga

A ação é um trabalho conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar com alvos em São Paulo, Santa Catarina e na região de Londrina

O Núcleo de Londrina do Gaeco realizou a terceira fase da Operação Mar Vermelho, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa voltada ao desvio e ao roubo simulado de cargas, com a participação de policiais militares e civis, empresários, motoristas e um advogado. Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de medidas cautelares diversas. As ordens judiciais foram cumpridas em 12 municípios no Paraná, Santa Catarina e em São Paulo.

A ação é um trabalho conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar de Londrina e o tenente-coronel Saldanha, comandante do 2º Comando Regional da PM, confirmou que cinco policiais que atuam na região foram afastados de suas funções através de medidas cautelares.

De acordo com o promotor de Justiça José Paulo Montesino, o Gaeco apurou que o grupo criminoso simulava roubos de cargas para dar aparência de legalidade à apropriação e desvio dos produtos, que eram vendidos a receptadores pré-determinados. O núcleo policial, alvo principal desta fase da operação, era essencial para o funcionamento do esquema. Os policiais civis e militares cooptados para confeccionar os falsos boletins de ocorrência recebiam valores aproximados de R$ 5 mil.

O coordenador do Gaeco, promotor Jorge Barreto, explicou que as investigações começaram em 2021. A partir da análise de dados bancários, fiscais e telemáticos, foi comprovado um complexo esquema criminoso. 

A Operação Mar Vermelho foi realizada no Paraná com alvos em Londrina, Cambé, Ibiporã, Arapongas, Guarapuava, Matinhos e Curitiba, em Mairiporã e São Paulo, no estado de São Paulo e Joinville, Itapoá e Caçador, em Santa Catarina. Os mandados foram expedidos pela Vara da Auditoria da Justiça Militar do Paraná e pelo Juízo das Garantias da Vara Criminal de Ibiporã.

Por Silvia Vilarinho

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