QUINTA, 12/07/2018, 17:13

Encontro em Londrina quer discutir futuro da produção nacional de seda

Cidade tem a única indústria de sericicultura do ocidente, responsável pela exportação de 500 toneladas de fios todo ano para diversas partes do mundo. Produção brasileira já é a 4ª maior do planeta e, segundo o setor, tem tudo pra crescer ainda mais.

Londrina sedia no dia 19 deste mês a décima sexta edição do Encontro Nacional de Sericicultura, que é a área que cuida da criação e produção do bicho-da-seda. A cidade tem uma grande importância para o setor, uma vez que fica no estado responsável por quase 90% da produção nacional de casulos, além de ser a casa da Bratac Fiação da Seda, a única indústria de sericicultura do ocidente.

O encontro nacional vai ser realizado no Centro de Eventos de Londrina durante todo o dia. A Associação Brasileira da Seda pretende reunir mais de 1.600 produtores de todo o país para realização de palestras, oficinas de capacitação e troca de experiências.

Atualmente, a Bratac é responsável pela exportação de mais de 500 toneladas de fios por ano para diversas partes do país, além da produção de 3 mil toneladas de casulos de bicho-da-seda. A atividade faz da produção brasileira a 4ª maior do planeta, sendo que, segundo o setor, há uma grande chance de os números crescerem ainda mais nos próximos anos.

O diretor-presidente da indústria, Shigueru Taniguti Júnior, garante que a empresa tem todas as condições de aumentar a produção em 20% caso mais agricultores se interessem pela área e passem a produzir os casulos, que são a matéria-prima do setor. A intenção é voltar aos números da década de 90, quando mais de 8 mil famílias viviam do bicho-da-seda no estado. Atualmente, são 2.500.

E mais do que quantidade, o setor quer qualidade. A sericicultura brasileira pretende focar nos principais polos da indústria da moda mundial, que já veem a seda produzida no país como a melhor pra se trabalhar. Ou seja, além de aumentar o número de produtores, é importante que os que já trabalham na área sejam capacitados e aprendam a manejar a matéria-prima de uma forma que ela chegue ao destino final sem nenhum defeito ou imperfeição. Quem explica é a presidente da Abraseda e diretora da Bratac, Renata Amano.

A retomada do setor é acompanhada de perto pela Secretaria de Agricultura do Paraná, que, em parceria com o município, já realiza uma série de oficinas aos agricultores familiares da região, mostrando como a produção de bicho-da-seda pode ser sustentável e também rentável. Para o secretário estadual de Agricultura, Jorge Hirawai, o atual momento é promissor.

Por Pauta CBN

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