TERCA, 11/09/2018, 17:23

CPI da Câmara de Rolândia, que investiga esquema de propina na Prefeitura, deve ser concluída até o fim da semana

Comissão investiga os mesmos fatos revelados em Operação do Gaeco e pode levar à abertura de uma Comissão Processante para investigar o Prefeito Luiz Francisconi.

A Comissão Parlamentar de Inquérito foi aberta pela Câmara de Vereadores de Rolândia, no dia 28 de maio, para investigar supostos crimes de corrupção ativa e passiva envolvendo o Prefeito Luiz Francisconi, o chefe de gabinete dele, Vitor Garcia, cinco secretários e o Procurador Geral do Município, além de uma servidora e empresários.

A denúncia apresentada à Câmara de Rolândia aponta para a cobrança de propina em troca da contratação de empresas pelo Município. A Comissão Parlamentar de Inquérito tinha 60 dias para investigar e concluir os trabalhos. Com a prorrogação do prazo por mais dois meses, o relatório final da CPI precisa ser apresentado até o próximo dia 28.

O presidente da Comissão, vereador Alex Santana, do PSD, diz que o relatório deve ser apresentado até o fim da semana e que a fase de depoimentos foi concluída na última sexta-feira com 14 pessoas ouvidas, entre elas os cinco secretários municipais. De acordo com o vereador, apenas o chefe de gabinete Vitor Garcia, não foi prestar depoimento.

O vereador afirma que, assim que for concluído, o relatório será enviado para o Ministério Público. O presidente da CPI diz que há diversas provas que apontam para o pagamento de propinas na administração municipal.

Alex Santana afirma ainda que a Comissão Parlamentar de Inquérito não tem poder para cassar o mandato do prefeito, apenas uma Comissão Processante, e diz que pela quantidade de provas e testemunhas os vereadores devem aprovar a abertura da CP.

Santana acredita que a Operação do Gaeco ratifica os trabalhos da CPI e deve auxiliar uma possível Comissão Processante.

No caso da instalação de uma CP, o prefeito Luiz Francisconi deve ser convocado.

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