QUINTA, 09/05/2024, 13:59

Paraná registra 144 casos de Hepatite A em 2024, 2 na região de Londrina

Saúde alerta para o aumento no número de casos e reforça que a prevenção contra a doença é a vacina

A Sesa - Secretaria de Estado da Saúde alerta sobre medidas de prevenção da hepatite A porque o Paraná registrou um aumento expressivo no número de casos desde o início do ano. De acordo com os dados do Sinan - Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, o estado registrou, em 2024, 144 casos confirmados de hepatite A, contra 39 no ano passado inteiro. Só na capital são 122 diagnósticos confirmados neste ano e na 17ª Regional de Saúde, 2 casos foram confirmados em Londrina.

Com relação aos óbitos, dados do SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde apontam que as três pessoas que morreram em razão da doença são de Curitiba.

De acordo com Mara Franzoloso, chefe da Divisão de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Sesa, o número de casos de hepatite A começou a aumentar após o carnaval, mas ainda não foi possível identificar de onde veio esse surto.

A Sesa alerta que a principal medida de prevenção contra a hepatite A é a vacina. De acordo com o PNI - Programa Nacional de Imunização, a meta de cobertura vacinal para hepatite A é de 95%. Atualmente, o Paraná registra a imunização de 81,95% da população preconizada.

O imunizante está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde para crianças a partir dos 15 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade. Para outros grupos específicos, como portadores do vírus da hepatite B e C; pessoas com HIV/Aids; fibrose cística, cadastrados em programas de transplantes; entre outros, a vacina é aplicada nos CRIE - Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais.

A Hepatite A é uma doença infecciosa, viral e imunoprevenível.  A transmissão pode ocorrer por meio do consumo de água e alimentos contaminados por fezes; condições precárias de saneamento básico, falta de higiene pessoal e sexo anal. Em crianças a infecção costuma ser leve ou assintomática, já em adultos, os casos podem ser mais graves. Segundo Mara Franzoloso, os sintomas podem ser facilmente confundidos com os da dengue e de outras arboviroses, por isso quando descartadas outras síndromes febris hemorrágicas, deve ser feito diagnóstico diferencial para hepatite A.

Por Juliana Takaoka

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