QUINTA, 05/12/2019, 19:24

UEL retoma atividades nesta sexta-feira após término da greve de técnicos e professores

Servidores integraram mobilização que tentou, mas não conseguiu barrar aprovação da reforma da previdência estadual. Sindicatos prometem recorrer da decisão na Justiça.

Com o fim da paralisação dos técnicos e dos professores, decidido em assembleias nesta quinta-feira, as atividades da Universidade Estadual de Londrina voltam à normalidade na manhã desta sexta. A instituição precisou suspender as aulas na última segunda por conta do movimento grevista de seus funcionários, que integraram uma grande mobilização, com outras diversas categorias, em protesto à reforma da previdência estadual. Os servidores chegaram a ocupar o prédio da Assembleia Legislativa, em Curitiba, na terça, para impedir a votação do projeto, mas os deputados transferiram as atividades para a Ópera de Arame, onde, na quarta-feira, eles apreciaram e aprovaram a proposta, além de 35 emendas.

Com as mudanças, o servidor homem vai precisar ter, no mínimo, 65 anos para se aposentar. Já para as servidoras mulheres, a idade mínima é 62 anos. O projeto também estabelece um tempo de pelo menos 25 anos de contribuição, e aumenta, de 11% para 14%, a alíquota do imposto previdenciário recolhido pelo funcionalismo.

O diretor do Sindiprol/Aduel, Nilson Magagnin Filho, garante que, apesar do fim da greve, o movimento dos servidores continua. A ideia agora, conforme ele, é questionar a votação da proposta na Justiça.

Apesar do descontentamento dos servidores, o Governo do Estado destaca que a reforma é importante para diminuir o rombo previdenciário, atualmente em R$ 6,3 bilhões, e, assim, manter em dia o pagamento das aposentadorias. A proposta também pode ajudar a acelerar a capitalização do fundo previdenciário, tornando-o autossuficiente em trinta anos. Após a aprovação da proposta, o líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri, argumentou, ainda, que, sem a reforma, as aposentadorias iriam deixar de ser pagas em, no máximo, cinco anos.

Por Guilherme Batista

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