TERCA, 05/10/2021, 14:09

Lideranças do tráfico de drogas são alvos de força tarefa para desarticular organização que atuava dentro e fora de presídios

Operação Progresso cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão, a maioria de criminosos ligados ao PCC, sete deles estavam na PEL 1 em Londrina.

Iniciada há  exatamente um ano, a força tarefa composta pelo Denarc, da Policia Civil, pela Polícia Militar, pelo Ministério Público e pelo Departamento Penitenciário tem como principal objetivo desarticular uma organização criminosa ligada ao PCC que atua no tráfico de drogas dentro e fora dos presídios.

A primeira fase da Operação Progresso cumpriu 15 mandados de prisão preventiva, sendo a maioria dos alvos já estavam dentro de presídios.  Sete criminosos continuavam liderando o esquema de tráfico e outros crimes dentro da PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina). Outros mandados de prisão expedidos pela 5ª Vara Criminal de Londrina foram cumpridos na Cadeia Pública de Carlópolis, de Bandeirantes, no norte pioneiro, um em Cascavel e outro em Cruzeiro do Oeste ambas no oeste do Estado, um em Ponta Grossa, nos Campos Gerais e também em Bauru, no interior paulista. Uma envolvido no esquema de tráfico de drogas também foi preso nas ruas de Londrina e outro em Francisco Alves. Dois alvos permanecem foragidos. 

O delegado do Denarc Londrina, Adilson Silva explica que o principal objetivo da força-tarefa foi identificar e desarticular a cúpula do grupo que geria a venda de drogas para outras regiões do Paraná e estados.

Celulares apreendidos, anotações com número de contas bancárias irão servir para responsabilização dos líderes da facção na esfera criminal.

A maioria dos presos ligados ao PCC foi redirecionado para a PEL 1 pelo Depen, informou o delegado. Segundo ele, mesmo custodiados eles poderão ter revisão de pena por conta dos novos crimes cometidos dentro dos presídios.

O porta voz da Polícia Militar, Major Ricardo Eguedis, o principal objetivo é atacar as principais lideranças do trágico, que acaba formando uma cadeia de envolvidos na ponta do tráfico, incluindo o envolvimento de menores de idades nas periferias.

O inquérito ainda está aberto aguardando a análise pericial dos materiais e celulares apreendidos nesta primeira fase do processo. Segundo o promotor Jorge Barreto do Gaeco, braço do Ministério Público voltado ao combate do crime organizado, há um material robusto para responsabilização dos líderes do tráfico na esfera criminal.

Desde o início das investigações em outubro de 2020, foram efetuadas sete prisões decorrentes de mandados de prisão e 15 prisões em flagrante, além de cumpridos quatro mandados de busca que resultaram na apreensão de drogas (11 quilos de cocaína, 1,3 quilos de crack e 3,2 quilos de maconha), duas armas de fogo, munições e veículos.

Por Guilherme Marconi

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