O Sescap, sindicato que representa as empresas de contabilidade de Londrina e região, realizou um evento nesta segunda-feira (27) para esclarecer as principais dúvidas do contribuinte em relação à declaração do Imposto de Renda 2023. Participaram da reunião, além do presidente do Sescap, Euclides Nandes Correia, o delegado da Receita Federal em Londrina, Reginaldo Cardozo, e representantes dos conselhos municipais dos direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e da Pessoa Idosa (CMDPI), que fizeram um apelo pela destinação de parte do imposto para entidades assistenciais da cidade. 

Segundo o delegado da Receita, a estimativa é de que cerca de 360 mil declarações sejam apresentadas pelo londrinense em 2023. São quase 30 mil declarações a mais na comparação com o que foi apresentado no ano passado. Questionado sobre o que deve motivar esse aumento, Cardozo citou a falta de uma correção da tabela do IR, que chegou a ser prometida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante campanha, mas que só vai ser colocada em prática mesmo no ano que vem, e o aumento de pessoas empregadas no mercado formal de trabalho na cidade.

Precisa declarar quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no ano passado. O valor é o mesmo se comparado ao de 2022. Também é passível de apresentação de declaração casos de contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados diretamente na fonte, como heranças, por exemplo, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil. O delegado também lembrou que o contribuinte vai ter uma semana a menos para fazer a entrega da declaração, uma vez que o prazo tem início em 15 de março, e não no dia 7, como foi no ano passado. Ele disse que a mudança se fez necessária para motivar o contribuinte a se organizar melhor e optar pela chamada declaração pré-preenchida, cuja restituição é via PIX e, consequentemente, tem prioridade a partir do dia 31 de maio, depois do término do período para a prestação de contas com o Leão.

O presidente do Sescap, Euclides Nandes Correia, também ressaltou a importância de o contribuinte se planejar para não fazer a declaração de última hora.

Já em relação à destinação de parte do imposto, é possível fazer o encaminhamento de 6% do valor para fundos municipais que repassam recursos a diversas entidades assistenciais da cidade. Apesar de ter custo zero, poucos contribuintes têm adotado essa prática no município. Tanto é que, no ano passado, foram apenas 579 destinações, que renderam cerca de R$ 720 mil aos cofres das instituições atendidas. O valor é o menor obtido entre as principais cidades do estado. As presidentes do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, Magali Batista de Almeida; e do Conselho dos Direitos da Pessoa Idosa, Luciana Ferreira Alvarez, fizeram um apelo para que o contribuinte se sensibilize a participe de forma mais ativa desse processo de destinação de parte do imposto.